domingo, 29 de junho de 2008

FERREIRA PINTO NO MUSEU DA RIBEIRA GRANDE

PARA VISITAR A EXPOSIÇÃO CLIQUE EM


Apresentação da exposição, num momento em que Ferreira Pinto usava da palavra



Representação da Câmara Municipal e Ferreira Pinto no acto de abertura da exposição


José Travassos, apreciando os trabalhos expostos


Alguns presentes, de entre os quais o pintor Martin Cymbron

Ferreira Pinto, Sãozinha e Vasco


Ivone Ferreira Pinto e Jorgelina ( de costas)




Sandra Ferreira Pinto e André Paz


Ferreira Pinto e Fernando Melo

terça-feira, 17 de junho de 2008

FERREIRA PINTO NO MUSEU DA RIBEIRA GRANDE A 27 DE JUNHO



SE QUIZER FAZER UM ANTEVISÃO DA EXPOSIÇÃO QUE FERREIRA PINTO VAI REALIZAR A 27 DE JUNHO NO MUSEU DA RIBEIRA GRANDE, CLIQUE NA COLUNA DO LADO DIREITO, EM:


EXPOSIÇÕES DE FERREIRA PINTO
FERREIRA PINTO NO MUSEU DA RIBEIRA GRANDE


















sábado, 31 de maio de 2008

FERREIRA PINTO no Museu da Ribeira Grande

Ferreira Pinto estará no Museu da Ribeira Grande, a 27 de Junho, com um conjunto de 15 obras naturalistas, sobre paisagens da ilha de S. Miguel, voltando assim a uma fase já antiga, dos anos setenta e oitenta.

A exposição estará patente por ocasião das festas da cidade da Ribeira Grande, até 26 de Julho.








Trabalhos para a exposição, ainda em fase de conclusão







sexta-feira, 25 de abril de 2008

GENTE DO MONTE, E DO MUNDO


Para mais detalhes sobre o livro, visite "Gente do Monte, e do Mundo" em OUTRAS PÁGINAS - coluna à direita.

O livro “Gente do Monte, e do Mundo”, da autoria de Jorge Arruda e capa de Ferreira Pinto (pintura exclusiva para o efeito), constitui um documento Histórico-Cultural, sobre o modo da vivência humana, ocorrido num ambiente rural de uma aldeia da Ilha de São Miguel – em Santa Bárbara , outrora chamada do Monte, mas também de Santo António Além-Capelas, e agora freguesia do concelho de Ponta Delgada , mas que poderia ter sido em qualquer ilha dos Açores ou noutra terriola Portuguesa.

O autor toma como referência temporal os anos cinquenta do Século XX, e o livro está escrito sob a forma de “crónicas” pessoalmente vividas ou recuperadas através de relatos de familiares e amigos, versando temas tão diversos, como sejam:
- Pastores e lendas, na origem de um povoado...;
- Organização familiar, económica e social;
- Últimas arroteias na ilha de São Miguel;
- Romarias e outras experiências;
- Dificuldades económicas, guerra e aeronáutica;
- Tradições culturais: comédias, festas, serões e outras cantigas;
- Na omissão do Estado, a solidariedade e emigração como portas para um futuro melhor...
Este, é um documento que vale a pena ler.


Jorze Mandinga


Para a aquisição do livro, deverá contavtar:

e-mail: arruda-jorge@hotmail.com;
Tlm: 964 826 252
Preço do livro: € 20,00 (Vinte euros) + eventuais custos de envio.


sexta-feira, 28 de março de 2008

TRIDIMENCIONALIDADE ATLANTE

autor: Ferreira Pinto
tema: Tempo no Tempo
título: Tridimencionalidade Atlante
dimensões: 130 x 100 cm
Acrílico s/ tela
ano:1997

segunda-feira, 24 de março de 2008

ILHA






Os teus seios sabem a perfume maresia.
Tuas mãos um cesto de flores.
Teu regaço meu desejo de Ilha.
Amei-te ao olhar da Primavera.
Cantei-te ao sonho de Verão.
Chorei-te ao limiar de Outono.
Morremos ambos no pomo do Inverno.
Deste aniquilamento
Restou a nossa fusão - o meu tormento à flor do vulcão
De não saber se és tu ou eu…
A ILHA.
Manuel Cândido
" Infinito Instante"

sexta-feira, 21 de março de 2008

TERRA, ÁGUA, FOGO E AR

IMAGINAÇÕES DA ARTE E DA ESCRITA
Exposição inspirada na escrita de João de Melo - 1994






O mar é branco


Curador Cadete

Inspiração no livro “O Meu Mundo Não É Deste Reino”, de João de Melo



“O mar? O mar é branco”, pensou com tristeza o curador Cadete, pondo-se a acariciar a sua fantástica bola perpétua, em cuja transparência via habitualmente o mar dos Açores. Solto e arisco na sua espuma de navalhas, cobras enraivecidas, monstros talvez invisíveis e bufões de areia e sal, o mar era branco porque andava picado da saliva desesperada das baleias e das serpentes, da sua contínua mordedura. E a morte soltara-se nele como quando o monstro Centauro se cruzava com os carros dos deuses marinhos. Os cavalos pálidos dos deuses não eram decerto visíveis nos turbilhões da água. Mas agitavam-na quando galopavam na direcção do vento e, voltando o mar de ventre para cima, tornavam-no branco aos olhos do curador Cadete.



João de Melo
“O Meu Mundo Não É Deste Reino”










ATLÂNTIDA

FERREIRA PINTO E A ATLANTIDA
Exposição " TEMPO NO TEMPO" - 2000


Crucificação da Atlântida



Açores, arquipélago atlântico e fragmento reminescente da lendária Atlântida, é o lar de Ferreira Pinto, pintor de sonhos, de mitos e lendas, poeta das verdades transcendentais, filósofo da harmonia e das cores.
Através de Tempo no tempo, a sua arte transporta-nos numa viagem de luz e cor, que começa no mundo primordial, passa pela Leveza harmoniosa da natureza, e culmina no deslumbramento da Vida.
Algumas das suas telas representam o Caos, esse estado desorganizado originado do tempo, a partir do qual teogónicos deuses, ébrios de alegria criadora, moldaram o mundo. Juntaram no mesmo espaço-tempo, místicas nuvens, restos de mistérios, o fogo primitivo, e as sobras de sonhos antigos.
Na paleta de Ferreira Pinto, as tintas, tal como a matéria da Criação, são bafejadas pelo Sopro Essencial, preenchem os celestes espaços intersticiais insinuando-se sobre a matéria, e geram a Vida sob a forma de uma simples gota de água, também as tintas se misturam e interpenetram num acto fecundo. Deslizam, então, de um lado para o outro na rugosidade áspera das telas, levadas pela delicadeza do pincel, e fazem surgir no encanto do seu rasto, o céu, a terra e o ar, o sol e a lua, a noite e o dia, os vales e as montanhas, as plantas e os animais, os lagos, as ilhas e os continentes, os rios e os mares.
O pintor, num arrebatamento criador, faz renascer um continente mitológico originário dos espaços infindos do Caos. É a Atlântida, o continente perdido, terra de homens e deuses, reino da harmonia e do sonho, que se mantém escondido desde tempos primitivos nas águas profundas do Mar Atlântico mas que se perpetuou para sempre na memória dos povos.
Ferreira Pinto, vivente nestes espaços atlânticos, navegante nas águas, ora calmas, ora revoltas, das lendas e do sonho, faz-nos caminhar, através da sua pintura, pelas esquecidas veredas Atlantes e é, numa verdadeira explosão de ritmo e de cor, que ele nos mostra a Origem do continente, nos sensibiliza com a Leveza da Dança do Sol, e nos faz sofrer na Crucificação da Atlântida.
Reinaldo Ribeiro
Lisboa, 30 Setembro 99

MONTES DE FOGO, VENTO E SOLIDÃO

Montes de fogo, vento e solidão

Exposição inspirada no livro de António Tabucchi "Mulher de Porto Pim" - 1991











Não valerá a pena recitar a biografia – vivíssima, diga-se de passagem – de Ferreira Pinto.
Ao longo dos anos e desde que em Angola iniciou a sua carreira de artista plástico, esses factos assim como o seu enquadramento no nosso mundo das artes têm sido ditos por outros apreciadores da sua implacável originalidade. Mas não poderemos devidamente perceber por inteiro o seu percurso artístico sem primeiro lembrar este outro facto fundamental, este percurso de vida que tem, digamos assim, emoldurado toda a sua arte, que lhe dá vida, que lhe transforma a pintura num acto de universalismo autêntico e sem apologias de qualquer espécie: Ferreira Pinto percorreu um mundo assaz diversificado e que passa pela Europa (versão portuguesa), pela África ora alegre ora angustiada, e, deste 1975, por estas ilhas, já também suas, no sentido também muito autêntico de pátria, de terra-mãe, de espaço agora definitivamente escolhido para um enraizamento referencial.

Toda a sua obra, a partir do momento em que os Açores se lhe tornam terreno íntimo, fica para sempre distintamente demarcada.

Ferreira Pinto já tem sido, e merecidamente, apreciado de ângulos diversos, quer com respeito à sua técnica quer com respeito à sua temática. Mas creio que esta sua recente etapa, esta agora associada a este espaço açoriano de cultura e ideias em que se tornou a Livraria SolMar em apenas dois anos de existência, traz consigo algo perfeitamente novo e bastante, uma vez mais, demarcador, ao mesmo tempo que se integra harmoniosamente na sua obra total, desde os dias felizes e infelizes de África – o quadro como texto, texto autónomo, por certo, mas com uma outra característica de que sempre se tem alimentado a arte mundial nas suas várias formas – texto decalcado ou, se quiserem, inspirado num outro texto. É uma afirmação artística, creio, que não havendo tanto de original para se dizer, o modo como se o poderá dizer é literalmente infindável, cada visão da totalidade universalizante que é a comum condição humana, parte de sensibilidades exclusivamente de cada artista, soma desse percurso individualizado mas sempre irmanado com todos os outros homens de uma época. Mais este facto de grande impulso temático e estético: Ferreira Pinto, sempre atento à literatura da sua terra insular (mas não insularizada), escolhe agora um autor com quem possivelmente conjuga sensibilidades de ordem vária: Tabucchi e o seu inesquecível Mulher de Porto Pim, essa outra original e comovida declaração de amor aos Açores. Por outro lado, é o olhar do outsider entendedor ou fascinado com a descoberta que marca estes dois, diria eu a partir deste momento, inseparáveis percursos pelas terras e pelo mar açorianos: o ter-se visto nos nossos particularíssimos localismos as ondas de vida e morte que são as do Homem por toda a parte, em toda a sua conhecida história, as obsessões de amar e devorar, de apego e de traição – eis o que me parecem ser os temas em Mulher de Porto Pim, versão Tabucchi ou versão Ferreira Pinto.

As baleias vêem o homem açoriano e nele reencontram toda a sua própria condição de morte, solidão e desenraizamento primordial? Ora, Ferreira Pinto vê ambos nessa condição também, mas as suas cores, os seus movimentos de força (toda a pintura de Ferreira Pinto é força, movimento e vida a contraporem-se à sempre presente ameaça da morte, quer no relacionamento dos homens quer na misteriosa força destrutiva que é a terra e o mar dos Açores) são um sorriso avisado. Mar bravo, baleias azuis a passearem-se nessas águas de morte e humor, uma mulher a desafiar os elementos – como quem nos mostra, pela milésima vez, que estamos todos, por entre tudo isso e todas essas ameaças, condenados à vida. Em suma, a magia da vida vivida nestas ilhas, a magia da arte num dos quadros deste nosso pintor.

“Não gostam – escreve Tabucchi em Uma baleia vê os homens – da água e têm medo dela, e não se compreende porque a frequentam. Também eles andam em bandos mas não levam as fêmeas e adivinha-se que elas estão algures, mas são sempre invisíveis. Às vezes cantam, mas só para si, e o seu canto não é um chamamento, mas uma forma de lamento angustiado. Cansam-se depressa, e quando cai a noite estendem-se sobre as pequenas ilhas que os transportam e talvez adormeçam ou olhem para a lua. Vão-se embora deslizando em silêncio e percebe-se que são tristes.”

Tanto Tabucchi como Ferreira Pinto parecem querer-nos dizer isso mesmo, mas também em essencial posição dialógica estão certamente a apontar mais um outro lado deste quadro demasiadamente humano: por entre os “montes de fogo, vento e solidão” nestas ilhas, está o triunfo inegável da humanidade – a sua sobrevivência e capacidade de convivência discreta e avisada, que as ilhas mais não são do que continentes perdidos e paradigmas dessa condição humana, a de todos nós. E, logo, que a vida é o mais bonito e inevitável impulso do homem e da sua história. Quando uma personagem, ou figura real, pois em Mulher de Porto Pim nunca sabemos de quem se trata com clareza, diz ao narrador identificavelmente italiano que todos já se foram para a América, e este responde que gosta muito dos Açores, acontece um glorioso momento de silêncio e ambiguidade. Como quem diz: você sabe que os Açores sem a sua gente nada valem e você sabe que sente saudades dessa sua gente e você sabe ainda que a mais dignificada resistência do homem ante os elementos da terra e ante a história será sempre a insistência nas possibilidades de vida.

É este também o percurso errante de Ferreira Pinto, é este o impulso fundamental da sua arte – uma cortesia respeitosa mas não derrotada à terra açoriana, um piscar de olho ao homem em sinal de que tudo é e deve ser aqui negociável, sobretudo a nossa sobrevivência.




Vamberto Freitas

Ponta Delgada, 23 Março 1993

domingo, 17 de fevereiro de 2008

FERREIRA PINTO E O SEU CURRICULUM












F e r r e i r a P i n t o

Viveu 26 anos em Luanda — Angola
Vive em S. Miguel — Açores desde 1975

Exposições mais recentes:

Individuais
1989 * “Paisagens de ilha” na Galeria da Câmara Municipal de Ponta Delgada -S. Miguel -
Açores
1990 * “As ilhas do Triângulo na paleta de Ferreira Pinto” nos Paços do Concelho da Câmara
Municipal de Angra do Heroísmo -Terceira - Açores
* “ Pedaços de ilha” na Galeria da Câmara Municipal de Ponta Delgada - S. Miguel -
Açores
1991 * “ Montes de Fogo, Vento e Solidão” na Galeria Artes & Letras - Inauguração da Galeria
- Ponta Delgada - S. Miguel - Açores
* “Pico” nos Paços do Concelho da Câmara Municipal de S. Roque do Pico - ilha do Pico -
Açores
1992 *” S. Jorge e o Dragão” na Galeria Velas - V Semana Cultural das Velas - S. Jorge -
Açores
1993 * “ As cores da ilha” na Galeria Artes & Letras - comemoração do 2.º aniversário da
Galeria - Ponta Delgada - S. Miguel - Açores
* “ Lagoa e os seus encantos” no espaço cultural do Rosário - Lagoa - S. Miguel -Açores
1994 * “ Terra, Água, Fogo e Ar” no espaço cultural da Caixa Geral de Depósitos da Ribeira
Grande - S. Miguel - Açores
* “ A Pintura de Ferreira Pinto e a Literatura Açoriana” na Ilha da Madeira
* “ As imaginações da Arte e da Literatura” no Centro Cultural da Câmara Municipal da
Povoação - S. Miguel - Açores
1995 * “ Angola no Coração” no Hotel Sofitel
* “ Traços de África” na Galeria Erasmos - Lisboa
* “ A pintura e a escola” por ocasião do Ciclo Cultural promovido pela E.B. 2,3 Arrifes -
Ponta Delgada - S. Miguel - Açores
1996 * “Ilhas Atlânticas - Inventando um novo curso de memória” no espaço cultural da Câmara Municipal de Madalena do Pico - Açores
* “ Por onde passa a lava” no Museu de Sta. Cruz das Flores - Açores
* “Pedras no Tempo” no Museu Local do Pico da Pedra - S. Miguel Açores
1997 * “Tempo no Tempo - Incursões” na galeria da RTP Açores - Ponta Delgada - S. Miguel -
Açores
* “ Tempo no Tempo - O caos, a leveza, a vida” na Galeria da Câmara Municipal de Ponta
Delgadas - Miguel - Açores
1998 * “Tempo no Tempo - Viagens” na Galeria Artes & Letras - Ponta Delgada - S. Miguel -
Açores
1999 * “Tempo no Tempo – Viagens e encontros” na Galeria Artes & Letras - Ponta Delgada -
S. Miguel - Açores
2000 * “Tempo no Tempo - Da janela do meu olhar” na Casa dos Açores do Norte – Porto
* “Tempo no Tempo - Da janela do meu olhar” na Galeria GAN - Lisboa
2002 * “Tempo no Tempo – A caminho da Luz” no Ciclo TrêsArte da FTE em Ponta Delgada –
S. Miguel - Açores
2002 * “ Tempo no Tempo – Da janela do meu olhar”, promovido pelo Instituto de Camões no
ciclo “ Caligrafias Açorianas” – Bóston - USA
2002 * “ Tempo no Tempo – Da janela do meu olhar”, promovido pelo Instituto de Camões no
ciclo “ Caligrafias Açorianas” - Museu Nacional Histórico - Rio de Janeiro - Brasil
2005 * “Tempo no Tempo – Portais” no Centro Municipal de Cultura de Ponta delgada
2007 * “ Tempo no Tempo –Caminho para a Essência” na Galeria Atlântida em Ponta Delgada -
Miguel - Açores

Colectivas
1990 *” EXPO-EDA” na Academia das Artes de Ponta Delgada
* “Dois artistas no 1º Open BCA/AÇORES CUP TÉNIS” em Ponta Delgada - S. Miguel -
Açores
1992 * Montova - Itália
* Rotary Clube de P. Delgada
* Viana do Castelo
* Associação Cultural Pontilha – S. Miguel - Açores.
* Semana Cultural sobre o V Centenário dos Descobrimentos em Sta. Maria - Açores
* Academia das Artes — Associação dos Artistas Plásticos dos Açores, em Ponta Delgada
1993 * Centro do Artista Plástico de Lisboa
* APRA 1993, Itinerante na região Açores - Associação dos Artistas Plásticos dos Açores
*” 2º Aniversário da Galeria Artes & Letras” em Ponta Delgada - S. Miguel -
Açores
1994 *” 3.º Aniversário da Galeria Artes & Letras” em Ponta Delgada - S. Miguel -
Açores
* 1.ª Jornada Internacional de Anestesia e Reanimação dos Açores no Hotel Açores
Atlântico em Ponta Delgada - S. Miguel - Açores
* “ A Palavra Iluminada” – Almada
* “ A Palavra Iluminada” na Galeria da Câmara Municipal de Loures
* Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa
1995 * Galeria da Universidade Federal de Sta. Catarina - Brasil
* Fórum Picoas — Lisboa
* “Açores e o Mar” na Galeria da Câmara Municipal de Ponta Delgada - S. Miguel -
Açores
1996 Associação dos Artistas Plásticos de Florianópolis - Brasil
* Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa
1997 * Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa
* Associação Cultural Pontilha - S. Miguel - Açores
2007 * Galeria Mediterrânea – Palma de Maiorca


Autor de capas de livros:

O Ideal Contrário, de Reinaldo Ribeiro
Emboscada, de José Sabino Luís
Solidão de Verdade, de Cunha de Leiradella
Quase... de Corpo Inteiro, Vilca Merizio
Gente do monte e do mundo, Jorge Arruda
Era uma vez o Tempo – Diário 5, Fernando Aires

PRÉMIOS E MENÇÕES

1963 - Nevoeiro - 1º Prémio – colectiva em Luanda - Angola
1963 - Nocturno - 1º Prémio – colectiva em Luanda - Angola
1965 – Boémio – menção honrosa -– colectiva em Luanda - Angola

Representado em:
* Presidência da República Portuguesa
* Governo Regional dos Açores — Palácio da Conceição
* Assembleia Regional dos Açores — sala do Governo — Horta
* Gabinete do Ministro da República dos Açores – Angra do Heroísmo
* Universidade Federal de Sta. Catarina — Brasil
* APUFSC S SID — Brasil
* Museu de Sta. Cruz das Flores
* Associação dos Municípios dos Açores
* ANA — EP
* Banco Comercial dos Açores
* Açoreana de Seguros
* Instituto de Acção Social dos Açores
* EDA, Electricidade dos Açores
* Secretaria Regional da Administração Pública
* Secretaria Regional da Juventude e Recursos Humanos
* RTP
* Portugal Telecom
* Câmaras Municipais de P. Delgada, Lagoa, Povoação, Velas, Nordeste, Vila do Porto, S. Roque do Pico, Madalena do Pico, Lajes do Pico, Sta. Cruz das Flores, Vila Franca do Campo e Ribeira Grande.

Representado em diversas colecções particulares em Portugal e no Estrangeiro.
Sócio da Sociedade Nacional de Belas Artes.

TEMPO NO TEMPO - Caminhos para a Essência






A Caminho da Luz ... Caminhos para a Essência

Quando tiveres percorrido todos os caminhos
Chegarás ao ponto de partida, ao pátio interior
Que buscaste em vão no teu exílio.
Casimiro de Brito


Acabo de visitar este novo trabalho de Ferreira Pinto, “A Caminho da Luz”, que me dá maior mobilidade neste meu percurso no novo rosto do autor, que recentemente nos apresentou a excelente obra “Tempo no Tempo”.
Fico a pensar na dualidade com que terá vivido os últimos momentos daquele trabalho, em que já se vislumbravam sinais de um outro personagem que o visitava nas noites de insónia e lhe (per)seguia os passos, como uma sombra que ainda não é nossa, mas que parece familiar, pelo modo como nos segue as intenções e os gestos, como se insinua nos nossos momentos de ócio, como nos invade o espaço da serenidade, e se instala com uma premência quase angustiante por não podermos (ainda) torna-la viva, dar-lhe rosto e voz, pô-la no mundo.

É este se calhar o maior mistério da criação: encontrar o lugar para o inconciliável, aquela soleira onde se detêm os homens comuns, o ponto de partida para os artistas que sabem pôr asas na distancia entre a emoção e a obra.

De volta aos passo de Ferreira Pinto, insisto nos trilhos já anunciados em “Tempo no Tempo”: enigmas à procura de decifração, uma trajectória que se instalou no autor a ponto de questionar a tela, escrevendo sobre ela, apontando de raspão fragmentos de discurso.

Esta verbalização, aparentemente inesperada num autor que se esconde atrás de uma excessiva modéstia, aparecem-me como degraus que permitem ascender ao que se ilumina nestas telas: pontos de passagem, escadas, escadas que se arqueiam até formarem pontes, janelas sobre e dentro das molduras, numa sequência que traz uma nova ousadia, no modo como esta obra se debruça sobre o mundo. Portas, muitas, multiculores, minúsculas ou grandes quanto a tela que, no seu conjunto, se ergue como um porto de abrigo sobre as nossas consciências. Estranha condição esta, a de interrogar o que nos rodeia e simultaneamente construir a sua interpretação. Assim “vi” o modo como o autor “deixou” escorrer tinta, exibindo uma obra aparentemente imperfeita, para reiterar aquela que parece ser a sua principal razão de ser, na vida como na tela. Contra a vida de olhos vendados, a que nos é oferecida de bandeja no quotidiano, Ferreira Pinto deixa testemunho: nas cores que esclhe, nas figuras que assomam na bruma, na tenacidade do traço firme, que se ergue como um leme, no vislumbrar de sombras e véus entre nós e o “outro”, ou ainda na barreira que parcialmente “cobre” a leitura, o autor apercebe-se de quão difícil e íngreme é o acesso à transparência destes sopros de ser.

Desta auto indagação que há muito, repito, acompanha a sua obra, muitas linhas se apresentam como possíveis para deixar que a bruma se escoe, até à claridade invencível, a que esperam os homens como Ferreira Pinto, que põem (uma) vida em cada gesto.

Muitas lições como esta seriam precisas para edificar definitivamente a humildade como valor universal e maior, em tempos de falsos valores e de cores que se apagam ao primeiro vento contrário. A meticulosidade com que o autor trabalhou cada fio desta obra, a demora que se (pres)sente no traço aparentemente rasgado que cruza a tela como um veleiro em alto mar, são exemplos acabados do infinito que a rodeia e que, como bem sabe Ferreira Pinto, carece de águas límpidas e largas para o desejado mergulho dentro de cada um. Sem esquecer nenhum gesto, palavra ou forma.

O tamanho do mundo depende do grau com que enfrentamos este mergulho. Até às raízes, até às profundezas das águas, ou em voos a planar no espaço. Finito e infinito, de todos e de cada um, este é o desafio que Ferreira Pinto traz até nós, neste sopro de si através do itinerário da consciência, um roteiro que nos permite abeirar-nos dos limites, superando a orla da nossa humana contingência.

Armandina Maia



TEMPO NO TEMPO - Caminhos para a Essência








título: Caminhos para a Essência III


dimensões: 80x100


Acrílico s/ tela


ano: 2007

título: Caminho para a Luz

dimensões: 80x100
Acrílico s/ tela
ano: 2007



título: Expansão I

dimensões: 63x71

Acrílico s/ tela

ano: 2007







título: Entre Mundos

dimensões: 60x80

Acrílico s/ tela

ano: 2007

TEMPO NO TEMPO - Caminhos para a Essência

título: Consciência I
dimensões: 50x50
Acrílico s/ tela
ano: 2007


título: Encontro

dimensões: 60x80

Acrílico s/ tela

ano: 2007


título: Khrysallis

dimensões: 50x50

Acrílico s/ tela

ano: 2007


título: Trânsitos

dimensões: 50x50

Acrílico s/ tela

ano: 2007


título: Despertar

dimensões: 50x50

Acrílico s/ tela

ano: 2007

TEMPO NO TEMPO - Caminhos para a Essência

título: Cidades de Luz
dimensões: 50x50 cm
Acrílico s/ tela
ano: 2007


título: Intemporalidade

dimensões: 50x50

Acrílico s/ tela

ano: 2007

título: Consciência II

dimensões: 50x50

Acrílico s/ tela

ano: 2007

título: Elementos

dimensões: 60x60

Acrílico s/ tela

ano: 2007

título: Expansão II

dimensões: 63x71

Acrílico s/ tela

ano: 2007

TEMPO NO TEMPO - Caminhos para a Essência

Texto do catálogo da exposição " Caminhos para a Essência", escrito por Vilca Merizio


Caminhos para a Essência


A abertura do Ser, esse portal íntimo e secreto, é o lugar de passagem onde o artista mergulha sem que seja, de forma alguma, obrigado a justificações e/ou explicações. Ao romper caminhos, a essência sobrepõe-se a definições e conceitos. Os efeitos, esses sim, são palpáveis quando a alma que observa acompanha a imensidão do salto. Neste trabalho de Ferreira Pinto, onde se vislumbra de forma clara uma dinâmica de ascensão, num salto ou num mergulho quântico, é saliente a inevitabilidade do encontro com um mundo de cores e transparências, onde o Alfa e o Ómega se fundem num único ponto – o Todo. Assim, a partir deste Agora, o espectador e o artista nunca mais voltam a ser os mesmos e não o são por decidirem deixar para trás uma ilusão que criaram e que vinham assumindo como realidade. Embora exteriormente, ambos continuem da mesma forma, a essência dos dois já não é a mesma, pois algo muito mais elevado os une.Neste trabalho, Ferreira Pinto levanta um pouco o véu que cobre o seu ser corporal para mostrar parte do seu/nosso mais profundo ser, o ser da Totalidade.Não há em toda a sua obra, agora oferecida ao público, conceitos fossilizados, nem palavras que rotulem o estado do qual emerge este poeta/pintor, que se expressa com a grandeza dos que são tocados pelas asas da espiritualidade. E o caos que se estabelece pela ausência de definições do que agora é Absoluto, gera uma organização ( que parece desordenada, mas que não é) em torno desse mesmo caos. E é nesse ponto que o artista cruza as fronteiras da consciência para o mundo das novas percepções e o encontro com o Ser processa-se à medida que a obra vai Sendo. Esse caos ou para ser melhor entendido, essa confusão de traços e cores, que a principio parecem não dizer nada, não é o vazio estéril, mas antes o vazio fértil que se constrói à medida que o artista se põe desperto, aberto à Outridade ou a Isso, cujo caos lhe angustiava a existência, sem que alguma vez pudesse nomear ou descrever tal nostálgica ansiedade. Agora está já o artista consciente de que situações de cariz caótico que o afligiam durante a sua existência, mais não são do que engrenagens de um processo evolutivo que o levará certamente à Sabedoria da Vida.


Vilca Merizio


Florianópolis- Brasil



título: Caminhos para a Essência I
dimensões: 80x100 cm
Acrílico s/ tela
ano: 2007

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

TRILOGIA DO ENCONTRO






A “trilogia do encontro”, parte integrante do trabalho “ Caminhos para a Essência” recentemente apresentado por Ferreira Pinto na Galeria Atlântida, é constituída por três obras pintadas a acrílico s/tela, com predominância dos azuis cobalto e celeste e os verdes “ilha”.

A alusão à ilha em estreita e inequívoca relação com o céu é a intenção maior de Ferreira Pinto nesta Trilogia, como que chamando a atenção do espectador para a aproximação maior que sente entre o céu e a terra.

Fica aqui claro, para Ferreira Pinto, qual a ideia do percurso que a humanidade vem fazendo em direcção a um ponto fulcral a que se poderá chamar Casa. Esse é o local para onde, segundo Ferreira Pinto, queremos voltar e para onde inevitavelmente voltaremos. E qual o “caminho” a tomar? É, seguramente, o caminho que o seu coração determinar ser o mais verdadeiro, sem jamais confundir o que está no coração com o que está na mente.

Nenhum caminho é melhor que qualquer outro. Saibamos ouvir a voz do coração.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

UM POUCO MAIS DE AZUL

Existem no universo milhares de galáxias, agrupando-se em “enxames de galáxias”que por sua vez se agrupam em “super enxames” - a nossa galáxia, conhecida por Via Láctea é uma delas.

E além desta estrutura, o que há? O que há neste e para além deste universo, ainda desconhecido do homem? No seu íntimo o ser procura Aquele que personifica o Todo, do qual fazemos parte integral. Cada ser é um com o Todo.

Este foi o “mote” para a criação desta obra que Ferreira Pinto intitulou de “ Caminhos para a Essência”, inseridos no seu grande tema “Tempo no Tempo”.

Ferreira Pinto assegura-se, como se uma voz lhe soasse aos seus ouvidos, que, “escolhas o caminho que escolheres, não podes, nunca, deixar de chegar a Casa”.


“Caminhos para a Essência” faz parte dum conjunto de obras recentemente expostas na Galeria Atlântida, em Ponta Delgada, S. Miguel, Açores e que está patente no http://www.angolaharia.blogspot.com/ e brevemente também neste espaço.