TEMPO NO TEMPO
"TRANSCENDENDO O ESPAÇO E O TEMPO"
Texto da Dra. Carmo Rodeia, publicado no jornal Açoriano Oriental, de 15 de Janeiro de 2010
"Em diálogo com o espaço e o tempo"
A mais recente exposição de Ferreira Pinto propõe-nos uma nova Luz que nos permite compreender uma cosmogonia emergente
Após “Tempo no tempo”, Ferreira Pinto, um dos nomes incontornáveis das artes plásticas açorianas, volta a expor em Ponta Delgada com o trabalho “Transcendendo o espaço e o tempo”.
Trata-se de uma exposição que nos propõe uma nova leitura cósmica, para além da atlântida, sempre revisitada ao longo da sua obra.
“Estes quadros são fruto da redenção e da esperança”, desenhando “novos caminhos” entre a “nova terra e os novos céus”, adianta Teresa Tomé no texto que integra o catálogo da exposição que a partir de hoje pode ser vista no Centro Municipal de Cultura, em Ponta Delgada.
Através deles o artista apresenta uma nova esperança, trilhando novos caminhos dessa nova cosmogonia onde se vislumbram novos desafios e uma nova etapa no relacionamento do homem com a natureza.
Partindo da ideia de que tudo está em mudança e que essa é a única certeza da nova realidade, Ferreira Pinto transcende-se. Na obra, e na ordem.
Menos pessimista e propondo um novo entendimento para essa nova ordem, este trabalho de Ferreira Pinto aponta para uma nova paz alcançada na relação entre a criação e o criador. Com uma serenidade que ultrapassa em muito outros trabalhos do autor.
“Transcendendo o espaço e o tempo”, quer pelo traço quer pelas formas e cores, apresenta-nos uma nova “luz”, embora voltemos a encontrar neste trabalho um desassossego permanente e constante na busca de explicações para aquilo que muitas vezes não pode ser explicado.
Com uma implacável originalidade, transversal em todos os seus trabalhos, Ferreira Pinto transforma, uma vez mais, a pintura num acto de universalismo autêntico e sem apologias de qualquer espécie, a não ser as suas dúvidas e inquietações para as quais procura respostas.
O movimento e a vida sempre presentes na pintura do autor, nascido em Luanda, aponta-nos para a chegada de um novo tempo, de mudança efectiva, onde a luz “é mais cristalina”, numa comovida declaração de amor à origem de tudo.
No centro desta exposição estamos no domínio “dos astros deuses que semeiam o firmamento e aqui tudo parece possível - o mapa dos céus desenhado, as estradas apenas condensadas nos símbolos que ainda falta desvendar”, remata Teresa Tomé, que não esconde o gosto pelo belo e pelo inesperado, a cada passo que damos nesta exposição, contactando com cada uma das 21 telas de Ferreira Pinto.
“Transcendendo o tempo e o espaço” acaba por nos propor uma cura para algumas das nossas inquietações, criadas e resolvidas pelo próprio pintor , “ a caminho de um astral mais puro”.
Com esta exposição, a mais recente do artista plástico, ascendemos a uma comunicação com o altíssimo.
Mais uma vez Ferreira Pinto, tal como Tabuchi, elege um “hino” aos Açores, numa comovida declaração de amor pela vida. Nas ilhas!
Após “Tempo no tempo”, Ferreira Pinto, um dos nomes incontornáveis das artes plásticas açorianas, volta a expor em Ponta Delgada com o trabalho “Transcendendo o espaço e o tempo”.
Trata-se de uma exposição que nos propõe uma nova leitura cósmica, para além da atlântida, sempre revisitada ao longo da sua obra.
“Estes quadros são fruto da redenção e da esperança”, desenhando “novos caminhos” entre a “nova terra e os novos céus”, adianta Teresa Tomé no texto que integra o catálogo da exposição que a partir de hoje pode ser vista no Centro Municipal de Cultura, em Ponta Delgada.
Através deles o artista apresenta uma nova esperança, trilhando novos caminhos dessa nova cosmogonia onde se vislumbram novos desafios e uma nova etapa no relacionamento do homem com a natureza.
Partindo da ideia de que tudo está em mudança e que essa é a única certeza da nova realidade, Ferreira Pinto transcende-se. Na obra, e na ordem.
Menos pessimista e propondo um novo entendimento para essa nova ordem, este trabalho de Ferreira Pinto aponta para uma nova paz alcançada na relação entre a criação e o criador. Com uma serenidade que ultrapassa em muito outros trabalhos do autor.
“Transcendendo o espaço e o tempo”, quer pelo traço quer pelas formas e cores, apresenta-nos uma nova “luz”, embora voltemos a encontrar neste trabalho um desassossego permanente e constante na busca de explicações para aquilo que muitas vezes não pode ser explicado.
Com uma implacável originalidade, transversal em todos os seus trabalhos, Ferreira Pinto transforma, uma vez mais, a pintura num acto de universalismo autêntico e sem apologias de qualquer espécie, a não ser as suas dúvidas e inquietações para as quais procura respostas.
O movimento e a vida sempre presentes na pintura do autor, nascido em Luanda, aponta-nos para a chegada de um novo tempo, de mudança efectiva, onde a luz “é mais cristalina”, numa comovida declaração de amor à origem de tudo.
No centro desta exposição estamos no domínio “dos astros deuses que semeiam o firmamento e aqui tudo parece possível - o mapa dos céus desenhado, as estradas apenas condensadas nos símbolos que ainda falta desvendar”, remata Teresa Tomé, que não esconde o gosto pelo belo e pelo inesperado, a cada passo que damos nesta exposição, contactando com cada uma das 21 telas de Ferreira Pinto.
“Transcendendo o tempo e o espaço” acaba por nos propor uma cura para algumas das nossas inquietações, criadas e resolvidas pelo próprio pintor , “ a caminho de um astral mais puro”.
Com esta exposição, a mais recente do artista plástico, ascendemos a uma comunicação com o altíssimo.
Mais uma vez Ferreira Pinto, tal como Tabuchi, elege um “hino” aos Açores, numa comovida declaração de amor pela vida. Nas ilhas!
Dra. Carmo Rodeia